Sitio arqueológico “El Shincal de Quimivil”

Existia um mundo em que os povos tinham uma conexão direta e simbiótica com a natureza, esses povos viveram, caminharam, construíram em vários lugares do mundo e um desses lugares[...]

Existia um mundo em que os povos tinham uma conexão direta e simbiótica com a natureza, esses povos viveram, caminharam, construíram em vários lugares do mundo e um desses lugares foi aqui na américa do sul, mais especificamente na Argentina numa cidade estranhamente chamada Londres. Próximo dali vivia um povo chamado Calchaqui, que utilizava a agricultura em conexão com a natureza desenvolvendo ferramentas, utensílios domésticos, sobrevivendo de tudo que a terra os proporcionava.

O que vocês irão ler neste artigo:

Império Inca

O museu

Cultura dos povos

Escada para o céu

Conclusão

Fotos

Império Inca

Em 1471 o Império Inca chegou por essas terras e dominou-as pacificamente, construindo uma sede econômica e administrativa do Império Inca nessa no lugar onde viviam os povos Calchaquis. Juntos eles desenvolveram uma agricultura avançada e técnicas rebuscadas para construção de sua comunidade.

Os Incas traziam o conhecimento do império para aprimoramento da agricultura, bem como para estruturação da sede que fazia parte do “Camino del Inca“, o Cápac Ñan, trajetos vial por onde os Incas trafegavam, obtinham informações, essa via era extremamente importante para logística da época.

O museu

Nossa primeira impressão do local foi muito boa, pois o museu, apesar de pequeno, estava bem organizado e com muitas informações sobre a história dos povos que viviam naquela região. Ficamos impressionados com a cerâmica que eles desenvolviam, os detalhes nos revelaram revelam o esmero com que cada peça foi produzida, mostrando uma estética única e moderna para a época.

Depois de passar pelo museu, fomos aguardar a tão esperada visita guiada pelas ruínas. Esperamos uns 10 minutos para que chegasse o horário e logo fomos encaminhados para a visita. Seguimos por entre as ruínas e logo no começo fomos apresentados a um monte de pedra chamado Apacheta, que era uma maneira de pedirmos permissão a Pachamama para acessar aquele lugar sagrado. Cada um colocou uma pedrinha e logo fomos guiados pelo caminho.

Cultura dos povos

A guia foi explicando sobre os povos e o papel das mulheres naquele lugar, inclusive nos disse que antes dos Incas existia caciques mulheres e que até hoje as comunidades que vivem por ali tem cacique mulheres. Nos disse que apesar de toda a construção e conhecimento trazido pelo incas, os Calchaquis tinham um papel central nas tomadas de decisão sobre a cidade. Não demorou muito chegamos num trecho da via que fazia parte do Camino el Inca, alí ficamos pensando a grandeza dos povos antigos e sua maneira de pensar as possibilidade de desenvolvimento, de encontrar maneiras de se integrar e se desenvolver.

Escada para o céu

O ponto máximo da nossa visita foi a subida a um monte, de onde os Incas e os Calchaquis adoravam o deus sol. De lá pudemos enxergar a escadaria para o céu, uma obra ousada e que mostrou, mais uma vez, a potência daqueles povos em criar e construir. Confesso que fiquei boquiaberto com a construção, pois ela se destaca entre as outras ruínas, a obra é imponente e mostra a grandeza da fé de um povo que acreditava na natureza como fundamento de suas vidas.

Descemos e seguimos por entre as ruínas e fomos conhecendo cada construção e suas funções para a época: Galpões, praças, residências, plantações, tudo o que era necessário para que a cidade funcionasse perfeitamente. Percebemos também o quanto é importante falar, mostrar e entender os povos originários para que possamos nos inspirar no seu modo de vida e possamos nos entender como povo e como comunidade. Daí a importância das pessoas que trabalham na conservação e restauração desses lugares para que possa ser contada uma história na perspectiva dos povos que viviam nessas regiões.

Ao fim de nosso passeio fomos para próximo da escada de onde pudemos contemplar mais de perto aquela obra dos Incas e tirar aquela fotinha clássica para registrar esse momento tão importante pra nós.

Conclusão

O passeio durou uma hora e meia e foi bem proveitoso. A guia nos respondia todas as dúvidas, fala sobre a vegetação local e outros temas das comunidades que viviam por alí. Toda a trilha foi bem tranquila e alguns casais mais velhos fizeram toda a trilha com muita tranquilidade. Recomendamos muito esse passeio a todos os amantes da natureza e aqueles que gostam das histórias sobre a cultura dos povos originários.

Fotos

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